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Poesias-->Vela de Cheiro -- 30/03/2000 - 10:34 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minhas dúvidas?

Ponho-as na clareira.

Próximo o reboco da lareira

junto as cinzas do cordel

de ontem.



Minhas poucas certezas

morrem na porteira.



Com tal estrutura, me entorto.



São os meus corredores,

são os vãos, que se abrem

como tortas em dia

de aniversário público.



Porque rebuças,

Mãe pousada?



Seu filho

no pasto cru,benza

à luz, o sol

e à terra.



Na entrada de Brandeburgo,

lá me disseram:

mas que todos sejam comedidos

pois vida é uma só.



Roço o encosto,

mas não toco no rijo canto

que de lassidez

cantam a pureza da

velha loucura.



Dos bródios à seguridade

nunca tantos fizeram da vestal

mel e sal,

e da fada

uma comunidade de afetos.



Quem agrega,

também reduz.

No jogo do fogo

ponho a coragem de quarentena.



Vela de cheiro,

belo porão!



De lá vejo a cidade,

as ruas, os carros e

gente de passeio público,

procurando tapar vazios

de cada mundo.



Ao meio-dia chega o

criado de marmita à mão:

uma colher,um pão e

um prato. Um copo

de vinho e uma goma de

mascar.



Uma vela de cheiro

pousa no andar!



Do porão eu sonho

ou é mero delírio?

Se aqui estou preso

Devo a espada sem corte.



E me chamam: João,

João, desce dai,

Perde esta loucura

este fardo para todos!



Desce dai,

dessa árvore pingente.



Sua loucura já passou.



Volta João,

o medo já se foi,

dona morte desistiu.



Desce João

da árvore sem frutos.



Mas desta loucura passo.



Eu, pretenso rei?

Escondido em arvoredores?



E quando lá pelas tantas,

quando acordei,

já me colocaram, inquieto,

numa camisa de força.



Desde João,

desce,

da árvore da vida!
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