Minhas dúvidas?
Ponho-as na clareira.
Próximo o reboco da lareira
junto as cinzas do cordel
de ontem.
Minhas poucas certezas
morrem na porteira.
Com tal estrutura, me entorto.
São os meus corredores,
são os vãos, que se abrem
como tortas em dia
de aniversário público.
Porque rebuças,
Mãe pousada?
Seu filho
no pasto cru,benza
à luz, o sol
e à terra.
Na entrada de Brandeburgo,
lá me disseram:
mas que todos sejam comedidos
pois vida é uma só.
Roço o encosto,
mas não toco no rijo canto
que de lassidez
cantam a pureza da
velha loucura.
Dos bródios à seguridade
nunca tantos fizeram da vestal
mel e sal,
e da fada
uma comunidade de afetos.
Quem agrega,
também reduz.
No jogo do fogo
ponho a coragem de quarentena.
Vela de cheiro,
belo porão!
De lá vejo a cidade,
as ruas, os carros e
gente de passeio público,
procurando tapar vazios
de cada mundo.
Ao meio-dia chega o
criado de marmita à mão:
uma colher,um pão e
um prato. Um copo
de vinho e uma goma de
mascar.
Uma vela de cheiro
pousa no andar!
Do porão eu sonho
ou é mero delírio?
Se aqui estou preso
Devo a espada sem corte.
E me chamam: João,
João, desce dai,
Perde esta loucura
este fardo para todos!
Desce dai,
dessa árvore pingente.
Sua loucura já passou.
Volta João,
o medo já se foi,
dona morte desistiu.
Desce João
da árvore sem frutos.
Mas desta loucura passo.
Eu, pretenso rei?
Escondido em arvoredores?
E quando lá pelas tantas,
quando acordei,
já me colocaram, inquieto,
numa camisa de força.
Desde João,
desce,
da árvore da vida! |